terça-feira, 30 de junho de 2015

telex O Que Eu #5

Acabaram as Canções Crónicas na TSF.
Nelas tentei

SEPARAR O TRIGO DO TWEET

mas algumas pessoas acham que elas soavam demasiado tipo

CANÇÃO DE INTERVENÇÃO

A última dá para ouvir aqui.
Chama-se

GRANDE MOMENTO

(o título é enganador).




Este mês, primeiro no Festival de Almada (dias 5 e 6) e depois no Fórum Municipal Romeu Correia (a partir de dia 15), sobe à cena Escrever, falar. Uma peça que eu escrevi há uns duzentos anos e que foi estreada pelo .lilástico, com encenação de Marcos Barbosa e interpretação de Hugo Torres e Nicolau Pais.
Agora é a vez do Teatro dos Aloés a pôr a mexer de novo, com encenação de Jorge Silva e interpretação de João de Brito e João Pedro Dantas.
Sou suspeito, claro, mas estou curiosíssimo. Ainda dará para ler esse teatro em palco?




Dia 5 de julho, Os Quais tocam no Festival Silêncio.
É às 19.30h no Jardim da Praça Dom Luís.
Vamos acompanhados de gente boa para fazer barulhinhos e barulhões de inventar silêncio como deve ser.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

"União Europeia"?

Um grupo de estados que empurra assim outro para a saída poderá ser chamado de "União"?
E há "Europa" sem a Grécia?
Talvez o melhor seja assumirem de vez que não há espaço para a política, para a solidariedade, para a democracia, para qualquer tipo de "espírito europeu", e mudarem o nome do que resta para "Mercado Comum", não?

domingo, 28 de junho de 2015

Estamos sempre a tempo de mudar o futuro

É importante tomar nota do que Mariana Mazzucato diz no Guardian:

"(...) The conditions of the bailout therefore should have been conditions that emulate the kind of public sector reform and investment strategy that characterises many of the competitive powerhouses of northern Europe – including Germany. Indeed, Greece should not do what Germany says it does (austerity), but what Germany actually does (invest).
Over the last decade, Germany has invested in all the key areas that not only increase productivity, but also create innovation-led growth. Companies like Siemens are the result of a dynamic public-private eco-system in Germany, with high government spending on science-industry links (Fraunhofer institutes), the existence of a large and strategic public bank (KfW) that provides patient, long-term, committed capital to German businesses, a long run-focused stakeholder type of corporate governance (rather than the short-termist shareholder Anglo-Saxon model that southern Europe has copied), an above-average R&D/GDP ratio (rather than the below average one in Greece, Portugal and Italy), investments in vocational training and human capital, and a mission-oriented ‘energiewende’ strategy focused on greening the entire economy.
Imagine the very different types of result we would have witnessed had the negotiations been about stuffing an investment strategy down Greece’s throat, rather than more cuts. 'OK, we will bail you out, but reform your country, and kickstart public investments (of the type named above), so that you are ready for the 2020 innovation challenge.'
Instead, insisting on the status quo full of more austerity produced an increasingly weaker Greece, more unemployment and more loss of competitiveness. (...)"

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Grande momento

Voltamos à Grécia
Que é como quem diz
Voltamos a nós
O que está em jogo
É ver se a UE
Dá à luz

Uma Europa nova
De e para todos
Vera União
Se existe espaço
Para a política
Ou não

(refrão:)
É mesmo agora
25ª hora
Grande momento
Urgente é o nosso tempo

Vem denunciar
A clara ligação
Entre desigualdade
E a crise do ambiente
O Papa diz alto
A verdade

Agnósticos, crentes
Ateus e sem nome
Assim tão diferentes
Com o nosso planeta
Não sejamos
Indiferentes

(refrão)

E depois das férias
São as eleições
A ver que mudança
Nos muda prà frente
Na direção da
Esperança




(dá para ouvir aqui)

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Claro que, neste drama da crise grega, a questão da dívida é só o texto


 — o subtexto é ideologia, ideologia, ideologia.
E, por isso, estes momentos de não acordo são leitura mais importante do que o eventual acordo a que se chegue na 25ª hora de domingo.

 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Praça Sintagma

Já se sabe? Agora
quem é que ganha, quem ganha?
É a Europa
ou é antes a Alemanha, quem ganha?

Há alguma novidade?
Que lado está por cima?
É a austeridade
ou a democracia?

A justiça é cega
a Europa é grega
o dinheiro não chega,
dizem, para todos

Já se sabe? Amanhã 
quem é que estará mal?
Na Europa, quê,
a esquerda é inconstitucional?

Tragam notícias frescas,
há alguma novidade?
Afinal, ganha o número
ou a realidade?

A verdade é triste
Please “unfuck Greece”
Ou há democracia, quem disse
ou comem todos




(dá para ouvir aqui)

terça-feira, 16 de junho de 2015

Um poema de Issa Kobayashi



Onde há pessoas
Há moscas
E Budas





(do livro "Primeira Neve", versões de Jorge Sousa Braga, ed. Assírio & Alvim)

segunda-feira, 15 de junho de 2015

domingo, 14 de junho de 2015

Quem vem aí

O Joaquem, que todos tratam por Quem, aparece hoje na Feira do Livro (Praça Verde), às 16h. Há de espreitar-nos dos livros Quem conhece a alegria e Quem espera. E terá a bela companhia da Catarina Requeijo e do Miguel Fragata para esse primeiro contacto com as pessoas do planeta Lisboa.


sábado, 13 de junho de 2015

Lambe Lambe no Vieira da Silva em Festa

Hoje, às 21h, no Jardim das Amoreiras: Lambe Lambe! Tomás Cunha Ferreira e Bartolo dão show de música.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Quadras pra Edward Snowden

O que achas do Edward Snowden,
Meu caro Sant’Antoninho?
Só porque meteu a boca no trombone
Está lá prà Rússia de castigo

Ele deu os maiores furos
Mas não, não é jornalista
Inspirou uma lei com menos cantos escuros
Mas não é político ou jurista

A ficção às vezes fica aquém
Da nua, crua, realidade
Se o Edward Snowden é alguém
É um artista da verdade

(refrão:)
Free, free, free
Snowden

Já que os Estados Unidos
Neste caso andam a fazer
A pose do amante traído
A Europa devia intervir

Não digo erguer-lhe uma estátua
Mas dar-lhe um visto de entrada
Contra todos os Big Brothers
Seria melhor que nada

Deixá-lo na Rússia de Putin
É uma ironia bem cruel
A História, pois, não chegou ao fim
Mas também passa por ele

(refrão)


NSA, USA, UE
URSS, SS, HÃ? O QUÊ?




(dá para ouvir aqui)

terça-feira, 9 de junho de 2015

Quem está no mundo!

Não é uma pergunta, é uma exclamação. O grande lançamento será dia 14, mas os dois livros que a Sara Amado desenhou e eu escrevi já existem em forma de coisa. Quem conhece a alegria e Quem espera.


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Experiência mística

Atravessar de automóvel o sol, muito calor, e de repente, a voz de John Lennon põe-se a cantar Across the universe, e começa a cair uma chuva muito forte, mesmo violenta, tão breve, e logo vem o sol de novo.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Dívida só divide

A questão grega voltou
Será desta, racha ou vai?
O mito já se instalou
Luta entre filho e pai
E aqui quem ensina quem?

Primeiro-ministro grego
Presidente da Comissão
Pra desatar o nó cego
Tenho uma sugestão
Por favor, escutem bem:

Venham hoje a Lisboa
Visitar a Feira do Livro
Tudo é tanto, coisa boa
A Europa é isto, pensamento vivo

Os números caladinhos
O que importa é ter palavra
Comprem livros baratinhos
No poema a morte acaba
E no pensar vamos além

A Europa está aqui
Homero e Paul Celan
Dívida só divide e
Estamos juntos cá e lá
Por favor, cantem também:

Vamos hoje a Lisboa
Visitar a Feira do Livro
Tudo é tanto, coisa boa
A Europa é isto, pensamento vivo





(dá para ouvir aqui)

quinta-feira, 4 de junho de 2015

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Carta negra

Aproveitando
a carta branca
que o CCB
entregou ao Kalaf

agora lanço
uma carta negra
para dizer
que faltam negros

na nossa vida pública
em Portugal e na Europa
nesta vida aqui

Também citando
o artigo
no NYT
de Vittorio Longhi

agora lanço
uma carta negra
para dizer
que “faltam inspirações

euro-africanas…
Barack Obamas
Rosa Parks
e Kings”

Não é pedir quotas
é que não há “eles”, há “nós”
é exigir que todos tenham voz

Assim lembrando
o que me contou lá
no BSF
o José Fernandes

agora lanço
uma carta negra
para dizer
que faltam negros

na nossa vida pública
em Portugal e na Europa
falta sermos Kings




(dá para ouvir aqui)