quarta-feira, 30 de abril de 2014

O futebol-sim em Turim

Agora que o tiki-taka está em crise, talvez o Benfica pudesse começar a inventar uma coisa nova, não? Amanhã, em Turim? Um novo futebol-arte, feito sem patrões nem estrelas? 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

A primeira vez que vi o nome Vasco Graça Moura

A primeira vez que vi o nome Vasco Graça Moura foi na lombada de um pequeno livro castanho na estante dos meus pais. O título, “50 Poemas de Gottfried Benn”, não me dizia nada, mas o livro era bom ao toque, e intrigavam-me os fiapos de papel que saíam pela parte de cima como ideias despenteadas. Não sei que idade teria ao certo. Era da idade em que achamos que os poemas têm de ser coisas bonitas, e aqueles textos negros, ou castanhos?, nem bem felizes nem exatamente tristes, foram um choque. De vez em quando, lá ia eu folhear aquelas palavras, “um ninho de ratinhos”, “esquartejado”, “revista americana”, “destruições”, “peça de carne”, “tiara e púrpura”, como que em busca de confirmação. Como se, apenas passados alguns dias, ficasse na dúvida se de facto lera tais palavras ou apenas as imaginara. Palavras desconcertantes, das que não esperamos encontrar nos livros. Estranhei também perceber que o nome na lombada era o do tradutor. Não pensei isso assim por extenso na altura, mas acho que foi aí que comecei a dar a importância devida a essa figura que muda as coisas de uma língua para outra, mudando-as nesse processo. Para que as coisas continuem a ser de verdade. Porque as coisas são as mesmas e outras numa língua e noutra. Desde então, cruzei-me com muitos outros textos escritos e traduzidos por Vasco Graça Moura, e esse choque inicial nunca desapareceu. Um choque em forma de estranheza, em forma de espanto, em forma de quê. Claro, acontece-me estar em desacordo com ele com muita frequência. E também isso tenho de admirar. Neste tempo de indiferença e ruído, alguém que sabe que escrever não é compor frases bonitas mas pensar, e que um escritor não é um ser longínquo no palácio imaginário do seu génio mas um cidadão no mundo, é um exemplo, tem de ser um exemplo para todos nós.

Não estou mas estou mas estou mas estou

aí.

Rotunda

“Torna-te livre”, diz o cartaz na rotunda. Política? Não, é só a publicidade de uma companhia de televisão por cabo. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Libretto

Libretto, de Alma Palacios e Jacinto Lucas Pires, estreará em julho no Maria Matos. Os ensaios já começaram n'O Espaço do Tempo. Exclamação! É bom tentar o novo em Montemor-o-Novo.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Reportagem 11



“O velho ditado de que a verdade é mais estranha que a ficção pode ser traduzido de forma mais adequada dizendo que a ficção não deve ser tão estranha como a verdade.” (G. K. Chesterton)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Vamo comer comida?

E este achado do João Pacheco? Tem docs ao lanche, fotografias de salpicões e que tais, e bonitos conceitos como "fressura de borrego".

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Interpretação, hoje às 21.30h, no Grande Auditório da Culturgest

Estamos na TSF.
No Jornal i.
E no Público — uma correção: o "relatório Estrela" é que nos copiou, por assim dizer...
No Público o título do espetáculo é "Interpretações" e, no Diário de Notícias, é "Tradução"... Volta, Joaquim, estás perdoado!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Amanhã


Joaquim é intérprete nas instituições europeias. Sentado atrás de um vidro, traduz os discursos dos outros. Um dia comete um erro — um errozinho, um pequeno falhanço, coisa mínima — que se transforma num gigantesco malentendido. O quê, a crise da União Europeia é culpa dele, afinal? Será possível? Como é que é, de repente a crise de identidade que o nosso Joaquim atravessa é a crise da Europa? 
Um monólogo com oitenta e tal pessoas em palco, teatro da palavra cheio das melhores estatísticas, uma tragédia que é também uma comédia (nunca dá para explicar a coisa toda, assim a seco, nestes textos de apresentação). Eu-tu-ele, Eu-ro-pa.

terça-feira, 1 de abril de 2014