terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobre uma fotografia de Ruth Orkin

Calem-se, cães. Se sofro não é de medo, é porque já devia estar lá à frente e ainda estou aqui. Quero chegar ao amanhã, mas vocês não sairão nunca deste lugar. Quando eu passar e desaparecer, fico. Mas vocês, não saindo daqui, desaparecerão também, e não ficam. Adeus para sempre. Ou melhor, até nunca. É exatamente o que merecem.

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